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Tratamento de Esgoto

A Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul (Sanesul) atende hoje 128 localidades com abastecimento de água tratada e tratamento de esgotamento sanitário, sendo 68 municípios e 60 distritos. 

Destas localidades, a Sanesul opera e mantém o Sistema de Esgotamento Sanitário (SES) em 60 municípios e 1 distrito, totalizando uma abrangência em 61 localidades no estado de Mato Grosso do Sul.  

Seguem abaixo os aspectos técnicos e operacionais relativos aos sistemas de esgotamento sanitário da Sanesul, distribuídos no Estado pelas bacias dos rios Paraguai e Paraná, englobando os principais itens dos sistemas: redes coletoras, estações elevatórias de esgotos, sistemas de supervisão e controle operacional e estações de tratamento. 

 

Infraestrutura de Esgoto dos Sistemas de Esgotamento Sanitário 

 

Grande parte da infraestrutura de esgoto existente nos municípios concedentes foi implantada pela própria Sanesul, uma vez que os investimentos na área em Mato Grosso do Sul passaram a ser considerados significativos a partir da sua emancipação política, quando a Sanesul assumiu a responsabilidade pela coleta e tratamento de esgoto dos sistemas até então existentes. 

Em maio de 2021 foi firmada Parceria Público Privada de Esgotamento Sanitário com a Ambiental MS Pantanal, empresa do grupo AEGEA, com o objetivo de universalizar os Sistemas de Esgotamento Sanitários dos municípios já atendidos, atendendo e superando o Marco Legal do Saneamento até o ano de 2031, para todos os sistemas. 

A infraestrutura de esgotos implantada, operada e mantida pela Sanesul é composta por Ramais Prediais (ligação domiciliar), Rede Coletora (juntamente com interceptores, coletores e emissários), Estações Elevatórias e Estações de Tratamento, conforme Figura 1. 

Figura 1. Exemplo de Sistema de Esgotamento. 

 

Rede Coletora 

 

As 61 localidades com sistemas de esgotamento sanitário implantados, possuem rede coletora com aproximadamente 6.000 (seis mil) quilômetros de extensão (SCI 07/2024), cujos diâmetros variam de 100 mm a 400 mm, predominando a maioria das redes em PVC JEI e tubos cerâmicos com junta alcatroada. 

Devido ao baixo índice de verticalização das construções na grande maioria dos municípios do Estado, observa-se que o índice de sobrecarga das redes de coleta não apresenta valores significativos, entretanto existe a cultura do lançamento de águas pluviais na rede coletora de esgotos que tem causado transtornos consideráveis na maioria dos sistemas, principalmente Três Lagoas, Corumbá, Dourados e Porto Murtinho. 

Ações junto ao poder concedente já foram tomadas em Caarapó, Três Lagoas, Maracaju, Bonito (Figura 2) e Dourados, para identificação de irregularidades e conscientização dos usuários. Diversas outras ações são continuamente executadas de modo a orientar a população geral sobre o correto uso da rede coletora. 

 

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Figura 2. Realização de investigação através de termonebulizador em Bonito/MS. 

 

Estações Elevatórias 

 

Existem cerca de 200 elevatórias de esgoto bruto em operação (Figura 3), com potências instaladas de até 50 CV, descontadas ainda diversas elevatórias de processo instaladas nas estações de tratamento de esgotos em operação. Predominam nessas elevatórias bombas autoescorvantes e bombas submersíveis, tendo sido inseridas as de deslocamento horizontal recentemente, com grande maioria dos acionamentos sendo efetuados com conversor de frequência ou soft start 

A maior parte das estações elevatórias de esgotos apresentam grupos geradores instalados como medida emergencial de suprimento de energia. Algumas contam ainda com tanques pulmões, que auxiliam a evitar a ocorrência de extravasamentos durante as manutenções. 

Novos tipos de elevatórias devem ser implantados futuramente visando otimização de área e redução nos custos operacionais e de implantação.

 

Figura 3. EEB 27 - Aquidauana - MS. 

 

 

Estações de Tratamento de Esgoto 

 

O esgoto sanitário nada mais é do que a água que foi utilizada para a realização de diversas atividades, e que segue carregando toda poluição agregada, sejam contaminantes físicos, químicos ou biológicos.  

Sem o devido tratamento, tais efluentes tendem a ser direcionados à cursos hídricos, onde a depuração irá ocorrer de forma muito lenta. As Estações de Tratamento de Esgoto têm como finalidade diminuir significativamente a necessidade de uso dos corpos hídricos para realização dessa depuração, garantindo sua perenidade e manutenção de suas características.  

Atualmente, existem 70 estações de tratamento de esgoto em operação pela Sanesul. Visando a otimização dos sistemas de tratamento do efluente, todas as estações possuem em sua configuração o Tratamento Preliminar, cuja finalidade é a remoção de sólidos grosseiros e areia, para que assim, estes não danifiquem as próximas etapas do processo 

Com relação ao Tratamento Secundário, visando majoritariamente a remoção de Matéria Orgânica, predominam em nossos sistemas de tratamento biológicos os seguintes tipos de dispositivos de tratamento:

 

ESTRUTURA DO TRATAMENTO 

UNIDADE 

Lagoas Anaeróbia+Facultativa 

4 

Lagoas Anaeróbia+Facultativa+Maturação 

4 

Lagoas Facultativa+Maturação 

8 

Lagoa Facultativa 

2 

Tanque Séptico 

1 

UASB 

23 

UASB+Filtro Aerado Submerso+Decantador Secundário 

1 

UASB+Biofriltro+Decantador Secundário+Físico Químico 

1 

UASB+Biodrum 

1 

UASB+Biodrum+Decantador Secundário 

2 

UASB+Biodrum+Decantador Secundário+Câmara de Contato 

1 

UASB+Facultativa+Maturação 

1 

UASB+Filtro Anaeróbio 

2 

UASB+Filtro Biológico Percolador+Decantador Secundário 

16 

UASB+Polimento 

3 

 

 

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