Leopoldo Godoy durante suas explanações sobre a PPP em MS
As perspectivas e os avanços da PPP (Parceria Público-Privada) do saneamento em Mato Grosso do Sul foram um dos principais temas discutidos no “I Seminário Nacional Universalizar”, promovido pela Aesbe (Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento) esta semana, em Brasília.
Aberto pelo presidente da Aesbe, Neuri Freitas, o seminário celebrou os 40 anos de atuação da entidade e reuniu cerca de 500 participantes de todo o país para discutir os desafios e progressos no saneamento.
Representando o diretor-presidente da Sanesul, Renato Marcílio, o diretor de Engenharia e Meio Ambiente, Leopoldo Godoy, participou do painel “PPPs no Saneamento: Inovação e Colaboração para Soluções Sustentáveis”.
Durante o painel, ele apresentou um panorama sobre a situação do saneamento em Mato Grosso do Sul, que se aproxima de 70% da área de cobertura do esgotamento sanitário nos 68 municípios sob concessão da Sanesul.
Em 2016, antes da implementação da PPP, a área de cobertura de esgoto no Estado era de apenas 41%. Hoje, esse número saltou para 63,36%, com projeções ambiciosas para alcançar 98% até 2031, praticamente universalizando o serviço.
Atualmente, a PPP está executando um conjunto de obras que totaliza R$ 126,7 milhões, beneficiando 38.798 famílias em Mato Grosso do Sul. Para 2025, estão previstos investimentos de R$ 190,8 milhões, que vão ampliar a rede de atendimento para 51.654 famílias.
Em 2026, serão aplicados R$ 132 milhões, alcançando 33.320 famílias. No ano seguinte, 2027, o investimento será de R$ 155 milhões, beneficiando 44.974 famílias, e em 2028, mais R$ 68 milhões serão destinados a obras que levarão saneamento a 15.747 novas famílias.
Segundo Leopoldo, a expansão do saneamento é fundamental para acompanhar o ritmo de desenvolvimento econômico do estado, impulsionado por grandes indústrias e investimentos.
Leopoldo destacou em sua exposição o fortalecimento econômico de Mato Grosso do Sul, citando as grandes indústrias de celulose que, juntas, somam quase R$ 50 bilhões em investimentos.
Entre elas, destacam-se a Suzano, com duas fábricas em Três Lagoas e uma nova unidade em Ribas do Rio Pardo; a Eldorado, também localizada em Três Lagoas; e a Arauco, que está construindo uma unidade em Inocência.
Esses empreendimentos consolidam o estado como um dos principais produtores e exportadores de celulose do país, contribuindo significativamente para o desenvolvimento regional e a geração de milhares de empregos.
Com a parceria firmada entre o governo estadual e o Grupo Aegea, por meio da Ambiental MS Pantanal, Mato Grosso do Sul vem implementando de maneira acelerada as obras de esgoto.
A PPP tem sido fundamental para a expansão do saneamento e permite que o estado se antecipe ao prazo de universalização previsto pelo novo marco legal do saneamento, que é 2033.
A meta do governador Eduardo Riedel e da diretoria da Sanesul é completar a universalização do saneamento até 2031, colocando Mato Grosso do Sul em uma posição de destaque no país ao promover qualidade de vida e sustentabilidade ambiental para a população.
Esse esforço coordenado entre o setor público e privado reflete a visão estratégica do governo do estado, que prioriza o saneamento como um eixo central do desenvolvimento sustentável e da saúde pública.
Com as ações em curso, o governo de Mato Grosso do Sul mostra que está no caminho certo para atingir e até superar as metas nacionais, estabelecendo-se como exemplo de inovação e compromisso com o futuro.