Durante o 1º Congresso dos Municípios de Mato Grosso do Sul, promovido pela Assomasul, o diretor-presidente da Sanesul, Renato Marcílio, ressaltou os avanços significativos na infraestrutura de saneamento e reiterou o compromisso da empresa com novos investimentos e a preservação ambiental.

O evento, que ocorreu no Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo, em Campo Grande, teve como foco a discussão de temas ligados ao municipalismo, governança e inovação na gestão pública.

Marcílio enfatizou o papel crucial da Sanesul como parceira institucional dos municípios, gerenciando serviços públicos essenciais, como abastecimento de água e esgotamento sanitário.

Além disso, destacou a função social da empresa ao orientar os consumidores sobre a importância da preservação ambiental, promovendo palestras e distribuindo material educativo, inclusive em escolas e entidades.

O presidente da Sanesul foi um dos palestrantes do congresso, que contou com a presença de autoridades públicas, incluindo o governador Eduardo Riedel e a ministra do Planejamento, Simone Tebet.

Marcílio começou sua fala relembrando sua boa relação com os prefeitos desde sua atuação na iniciativa privada e fortaleceu essa parceria ao ocupar o cargo de secretário de Estado de Infraestrutura na gestão anterior. Agora, como presidente da Sanesul, por indicação do governador Eduardo Riedel, ele reafirmou o compromisso com o desenvolvimento sustentável e a preservação do meio ambiente.

Ao abordar a importância da Sanesul no processo de captação, tratamento e distribuição de água, Marcílio destacou a relevância da empresa na promoção do desenvolvimento sustentável e do cuidado com o meio ambiente.

Ele ressaltou o papel da companhia no sistema de esgoto, assegurando a coleta, tratamento e devolução da água à natureza de forma praticamente idêntica à sua origem. Com concessões em 128 localidades, abrangendo 68 municípios e 60 distritos, a Sanesul desempenha um papel fundamental na garantia desses serviços públicos essenciais.

O dirigente reconheceu os desafios enfrentados pelos 11 municípios não atendidos pela empresa, que gerenciam o saneamento básico local por meio dos SAAEs (Serviço Autônomo de Água e Esgoto), expressando  compreensão diante das dificuldades que essas localidades enfrentam na administração da água, atendendo aos requisitos de qualidade, uma tarefa que, à primeira vista, parece simples, mas que, na realidade, é complexa.

"Compreendemos as dificuldades que esses municípios enfrentam, pois administrar a água e atender aos padrões de qualidade não é uma tarefa fácil. Se você lida apenas com o abastecimento de água, pode parecer simples e lucrativo, mas quando é necessário tratar e investir em saneamento, torna-se muito complicado e dispendioso. É um investimento que leva tempo para se materializar, demandando recursos financeiros, equipe técnica especializada, orientação e um orçamento adequado para ser realizado", explicou o presidente.

Ele informou que, atualmente, a Sanesul conta com uma equipe de 1.350 funcionários.

O presidente destacou que a empresa projeta um faturamento de quase R$ 800 milhões neste ano, considerando esse montante como significativo. No entanto, ele reconheceu os desafios associados à gestão desses recursos.

Concessões

"Em termos de concessões, renovamos 67 delas, com exceção de uma que ainda não foi renovada, mas continuamos operando. Para manter essa operação, contamos com 451 poços que precisam ser cuidados, renovados e mantidos, além de 12 captações superficiais. A extensão total da nossa rede de água é impressionante, cobrindo quase 12 milhões de metros, equivalente a 12 viagens a São Paulo de tubos de água enterrados distribuídos em todo o estado. Além disso, possuímos uma rede de esgoto com uma extensão de 4.100 milhões de metros."

Marcílio destacou a magnitude desses números ao afirmar que a empresa atende cerca de 720 mil imóveis com água e 430 mil imóveis com esgoto, totalizando quase 1,300 milhão de pessoas atendidas com água e 762 mil com esgoto.

Parceria Público-Privada

Marcílio disse que a PPP (Parceria Público-Privada) com a Ambiental MS Pantanal surgiu com a meta de acelerar os investimentos para que o Estado atinja a universalização do esgotamento sanitário dentro da próxima década, como exigência do novo marco legal do saneamento básico.

Segundo ele, a área de cobertura no Estado já chega a 62% e a estratégia estabelecida pelo governador Eduardo Riedel e pela estatal é antecipar a meta fixada pela legislação, tornando Mato Grosso do Sul o primeiro estado da federação a universalizar o sistema de esgoto.

Reconheceu, no entanto, que algumas obras enfrentaram atrasos, influenciados por diversos fatores, incluindo a pandemia da Covid-19, mas assegurou que a empresa está empenhada em cumprir seus compromissos.

"Estamos enfrentando desafios consideráveis devido à Covid-19 e a outros desequilíbrios, como o aumento significativo nos preços. Estamos um pouco atrasados na entrega do bastão, mas estamos fazendo investimentos substanciais para cumprir nossas metas e proporcionar as condições necessárias para que a PPP possa operar plenamente", assinalou.

Marcílio explicou, por exemplo, que a PPP não pode implementar a infraestrutura se não houver a ETE (Estação de Tratamento de Esgoto), que é de responsabilidade da Sanesul, pois não é remunerada pelo esgoto tratado.

"Estamos ajustando todos esses detalhes para garantir o cumprimento das metas. Apesar das dificuldades, nossa expectativa é alcançar as metas até 2031, o que poderia nos tornar o primeiro Estado a cumprir integralmente os requisitos do novo marco legal do saneamento", previu.

Por fim, creditou a toda equipe administrativa e funcionários da empresa o fato de ser uma das cinco melhores companhias públicas de saneamento do Brasil.

Recentemente, a Sanesul foi escolhida em primeiro lugar entre as marcas de melhor experiência para os clientes, com o 'Selo de Reconhecimento Experience Certified’. "Isso é motivo de grande orgulho para nós", concluiu.