Com o apoio da Sejusp (Secretaria de Estado de Segurança Pública), a Sanesul (Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul) intensificou nesta terça-feira (19), Em Corumbá,  a segunda etapa da operação para combater ligações irregulares de água.

Desta vez, a ação, que já trouxe avanços significativos na cidade, também inclui Ladário, onde os índices de uso clandestino de água também preocupam as autoridades.

A operação teve início em maio e, desde então, vem atuando para identificar e eliminar ligações clandestinas na rede de abastecimento de água.

Na primeira etapa da operação, a Sanesul focou em conter um total de 12.555 ligações irregulares identificadas na cidade de Corumbá.

O objetivo é diminuir as perdas no sistema, melhorar a pressão e a qualidade do abastecimento, além de garantir o consumo de água tratada para todos os usuários de maneira igualitária.

O gerente da unidade regional da Sanesul em Corumbá, Marcos Martins, destacou os resultados da primeira etapa, afirmando que o índice de perda por ligação foi reduzido em 151,93 litros diários por residência.

De acordo com Martins, a perda de água em Corumbá e Ladário está entre as maiores de Mato Grosso do Sul, o que acende um alerta, já que a Lei do Marco Regulatório do Saneamento estabelece que, até 2030, municípios que não reduzirem esse índice poderão perder repasses federais.

Diante desse cenário, a Sanesul tem intensificado as ações para combater fraudes e reduzir perdas no sistema, e os esforços já resultaram na recuperação de 153 litros por dia por unidade consumidora, reforçando o compromisso com a eficiência e a sustentabilidade do abastecimento de água na região.

“Isso significa que em cada residência, em Corumbá, deixamos de perder 151,93 litros por dia”, comemorou Martins.

Segundo ele, o impacto positivo dessa economia é ainda maior, pois abrange tanto residências quanto estabelecimentos comerciais, setores onde a Sanesul tem identificado o maior número de ligações irregulares.

A operação envolveu a participação da Polícia Civil e de técnicos especializados da Sanesul, que atuam nas fiscalizações, identificando e corrigindo irregularidades.

“O índice de perda ainda é alto em Corumbá e Ladário.

Por isso, realizamos a primeira operação e, juntamente com outras regionais, organizamos um mutirão para reforçar essa fiscalização. Desde então, temos mantido equipes exclusivas focadas no combate a essas irregularidades”, explicou o gerente Marcos Martins.

Durante a primeira etapa, foram realizadas 3.028 inspeções, das quais aproximadamente 700 resultaram na recuperação de ligações irregulares, demonstrando o quanto essas ações de combate são essenciais para o controle de perdas.

"Nesta terça-feira, a operação da Sanesul identificou fraudes em diversos tipos de imóveis em Corumbá e Ladário, incluindo supermercados, igrejas, lava jatos, residências com piscinas e casas de eventos", acrescentou o gerente da unidade local.

Ele disse que após a operação desta terça, a Sanesul realizará um mutirão com o apoio de equipes de outras regionais, intensificando as ações para identificar e corrigir irregularidades, promovendo maior eficiência no sistema e o uso responsável da água.

Essas irregularidades representam um impacto significativo no sistema de abastecimento de água, reforçando a importância das ações de fiscalização para garantir o consumo responsável e a equidade no fornecimento.

Segundo o diretor-presidente da Sanesul, Renato Marcílio, o combate às ligações clandestinas faz parte de uma estratégia de longo prazo para melhorar a eficiência dos serviços da empresa e garantir o uso sustentável dos recursos hídricos.

"As ligações irregulares impactam a qualidade do abastecimento e prejudicam a todos que dependem da rede de água tratada. Essas ações visam proteger o sistema de abastecimento e garantir um serviço de qualidade para os cidadãos," concluiu Marcílio.

A Sanesul reforça ainda que os moradores de Corumbá e Ladário podem colaborar com a operação denunciando irregularidades e regularizando suas ligações junto à empresa.

O esforço conjunto da comunidade e das autoridades é essencial para reduzir o uso clandestino e preservar o abastecimento para todos.